Chá ou Café?

Chá. Chá preto, chá verde, chá mate, chá de lírio, chá de cogumelo.... para reunir os amigos, para conversar, para viajar... Histórias mais filosóficas, mais sensoriais, mais espirituais, mais... ........................................... Café. Café curto, café longo, café com um pouquinho de leite. Pra acordar, pra deixar ligado, pra tomar rapidinho no balcão. Histórias do dia a dia, teorias de 2 segundos, pirações mais terrenas...

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Por que aprendemos a fingir desde quando somos crianças? - uma história de chá, que finge ser água

Quando crianças, passamos muito tempo brincando de fingir. Fingir que somos adultos, fingir que somos pais, fingir que somos ladrões, policiais, donos de supermercados, empresários, cozinheiros, magos, bruxos, animais, bombeiros e o que mais aparecer na cabeça.

A única coisa de que não temos consciência é que toda essa brincadeira de fingir está na realiade nos preparando para a vida adulta.

Porque ao crescer, temos que decidir os papéis definitivos de nossas vidas e seguir encenando cada um deles. Isso porque, quando você cresce e arranja um monte de responsabilidades diferentes, é impossivel não perceber que para cada uma delas é necessáruio utilizar um tipo de máscara e fingir um personagem diferente.

Assim, criamos uma personalidade para lidar com a família, outra para os amigos e uma terceira para o ambiente profissional, principalmente porque no trabalho, é necessário conter algumas vontades, maneirar no vocabulário, cuidar das impressões, (primeiras, segundas, terceiras e tantas quantas possam aparecer) e mais um monte de pequenos detalhes que você se condiciona dia após dia.

E aí, qdo você se pega sozinho em casa sem a família, sem os amigos, e sem os colegas de trabalho, você, muitas vezes, nem sabe mais quem você é, como deve agir, como deve falar, o que deve fazer ou quem realmente você é.

É por isso que tem vezes que eu faço questão de ficar sozinha em casa. Eu e meus problemas, eu e minhas inquietações. Eu e o espelho. Pra poder pensar em quem eu sou, o que eu quero e o que eu não quero. Porque vestir todos aqueles personagens constantemente, muitos deles todos no mesmo dia, cansa.

E é por esse mesmo motivo que não me espanta nada que os casos de esquizofrenia não sejam mais notícia de jornal hoje em dia. Afinal, num mundo em que tudo muda muito rápido e você tem que ser tudo junto e ao mesmo tempo, todos nós sofremos de múltiplas personalidades sem nem ao menos chegarmos a ter consciência disso.

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