Chá ou Café?

Chá. Chá preto, chá verde, chá mate, chá de lírio, chá de cogumelo.... para reunir os amigos, para conversar, para viajar... Histórias mais filosóficas, mais sensoriais, mais espirituais, mais... ........................................... Café. Café curto, café longo, café com um pouquinho de leite. Pra acordar, pra deixar ligado, pra tomar rapidinho no balcão. Histórias do dia a dia, teorias de 2 segundos, pirações mais terrenas...

segunda-feira, março 12, 2007

Já não se fazem mais vídeo games como antigamente – uma história de café, pixelizado

No meu tempo, os heróis de vídeo game eram compostos por umas dezenas de pixels bem organizados e nada mais. As paisagens eram estáticas, objetivas e quadradas. Os comandos eram simples, para frente, para trás, direita, esquerda, pular, abaixar e parar. No máximo um atirar e pegar, mas nada muito complexo. Os botões, quando muito, eram dois. Um para o polegar esquerdo e outro para o direito. Sem mistérios, sem magias, sem complicações. E é claro, os sons. Diretos, incisivos. Clicks. Pocs. Zuns. Músicas eletronicamente e minimamente planejadas para não ocuparem muito espaço.

Hoje em dia, os heróis, vilões, mestres, magos, dragões e etc, são mais reais, muitas vezes, do que o meu próprio reflexo no espelho. São praticamente pessoas que você imagina, ou até gostaria de encontrar na rua, na balada, no supermercado. Os cenários são mais detalhados do que muita obra de arte barroca ou renascentista. A trilha sonora é feita pelas bandas da moda. Os movimentos são todos planejados, ensaiados. Os botões? ah, os botões... São tantos que eu não sei nem numerar, quanto mais manejar. É preciso ter curso de datilografia avançado antes de se aventurar num desses joysticks modernos. Confesso que fico perdida. Não sei o que fazer. Aperto tudo ao mesmo tempo e espero o que quer que aconteça acontecer.

Mas o pior de tudo é ouvir da nova geração as críticas aos jogos que marcaram a minha vida. Nossa, mas que chato! Só faz isso? Que tosco! Mas como assim???? É uma obra prima do fim do antigo milênio! Pixels gigantes finamente organizados para promover o máximo de diversão pelo mínimo de complexidade! Por favor, não blasfemem e minha presença!

Obviamente, como tudo que se refere a esses incríveis tempos modernos, isso também não tem mais volta. Tecnologia boa é aquela que é tão boa, que é melhor do que qualquer coisa que seja real. Tipo uma bolha de bytes e efeitos especiais.

Assim, nada mais posso fazer a não ser baixar meus emuladores e me divertir quietinha, sem emitir sons de euforia ou alegria, com meus jogos de 1k e esperar que os templários do 3D nunca me descubram, ou serei sumariamente expulsa desse mundo de irrealidade real.

1 Comentários:

Blogger David Galasse disse...

tou contigo e não abro! além do mais não inventaram ainda nada melhor do que o psicodélico Toejam & Early.

12 março, 2007 23:56  

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