Chá ou Café?

Chá. Chá preto, chá verde, chá mate, chá de lírio, chá de cogumelo.... para reunir os amigos, para conversar, para viajar... Histórias mais filosóficas, mais sensoriais, mais espirituais, mais... ........................................... Café. Café curto, café longo, café com um pouquinho de leite. Pra acordar, pra deixar ligado, pra tomar rapidinho no balcão. Histórias do dia a dia, teorias de 2 segundos, pirações mais terrenas...

terça-feira, agosto 22, 2006

Mulheres que pensam demais, uni-vos! – uma história de café com essência de baunilha

É de sabedoria feminina popular que todo homem que presta está namorando ou é gay. Entenda-se “homem que presta” por todo ser humano do sexto masculino que seja minimamente educado, atencioso, fiel, sincero, com bom gosto para se vestir, para as artes, música e cultura, com senso de humor, sensibilidade, inteligência, caráter, integridade, boa vontade, disposição e um toque de perspicácia. Antes que alguém me xingue, quero deixar claro que pontuei o inicio da sentença com o adjunto adverbial de modo “minimamente” para marcar que, apesar de tantos adjetivos, o que exigimos de todos eles é muito, muito pouco, porque temos a consciência de que um homem dotado de todos esses atributos em abundância, simplesmente não existe.

Bom, é de conhecimento popular afirmar que tal homem não existe, ou se existe, está namorando, é gay, ou então esconde algum defeito sórdido, tipo gosta de se vestir de mulher quando ninguém está vendo, ou gosta de apanhar, ou ainda gosta de ser chamado de papai ou Verônica, coisas assim. O importante é que as mulheres (não, de maneira nenhuma eu me incluo fora dessa) simplesmente não conseguem imaginar um homem quase-perfeito dando sopa no mercado. Porque venhamos e convenhamos, por mais que as mulheres estejam por aí gritando aos quatro cantos o quão independente elas são, trabalhando, sustentando famílias, comprando vibradores, saindo sozinhas, pagando as contas, trocando lâmpadas pneus e filosofias de vidas, elas ainda dependem do carinho, afeto e, principalmente, suporte do sexo oposto.

Não importa quão marionete ele seja. O importante é tê-lo, desfilar por aí, mostrar para as amigas, ou então simplesmente fingir-se de indefesa (segredo: tem umas que realmente não fingem, o são!) para ser protegida, cuidada, abraçada e envolvida em porções e mais porções de músculos e testosterona. Não adianta, a grande maioria de nós não consegue evitar e sempre volta à caça do homem reduzidamente ideal, para depois de um curto tempo se dar conta de que ele não existe e começar a reclamar e gritar que homem nenhum presta, ou se presta está namorando e blah, blah, blah.

Antes que esse discurso fique exagerado demais, venho aqui anunciar que meu objetivo no momento é mostrar que a teoria anteriormente exposta é falha, por mais que eu a compartilhe e baseie todas as minhas opiniões no assunto segundo a própria, tenho que admitir que ela carrega vãos, as vezes enormes.

Veja bem, antes de começar a namorar, o já citado homem que minimamente presta estava solteiro no meio da grande maioria, o que o incluiria no grupo dos que não prestam, porque afinal, os que prestam estão namorando ou são gays. Mas para namorar, é preciso estar solteiro e para estar solteiro, ou se é um galinha-incorrigível-cafajeste-filho-da-puta (um pouco da experiência e emoções pessoais, desculpe) ou se é um cara minimamente aceitável que só está misturado às maçãs podres a espera de ser escolhido (sim, desculpe rapazes, mas somos nós que escolhemos vocês, apesar de atribuírem essa tarefa ao seus corpos, cabeças ou quantidade de álcool no sangue ou sangue no álcool, como preferirem).

Visualizem a situação. Está lá, o único cara que presta, no meio daquele monte de homens de duas caras, sete olhos e nove braços e você, mulher, já dotada de sua natural habilidade de se enganar, se convence de que todos eles são farinha do mesmo saco, fala mal de todos o tempo todo e termina a noite com o pior deles, é claro, para no dia seguinte, poder praguejar mais uma vez para suas amigas sobre as mazelas da condição feminina na sociedade atual, etc e etc.

Aí, você descobre que aquela amiga sua, que na realidade nem é tão amiga assim, (no íntimo você acha ela uma chata-vagabunda-hipócrita-irritante, só não gosta de admitir), está namorando o único ser humano do sexo masculino que prestava daquele grupinho. Mas é claro, todos os bons já foram escolhidos, para você restou apenas as maçãs podres. Bem, se você está pensando assim agora, é porque não entendeu onde eu quero chegar. Calma, também não vou defender homem nenhum não, mas a verdade é que, enquanto a gente passa o tempo todo reclamando disso, daquilo e daquilo outro e traçando milhares e milhares de teorias para explicar nossos medos e frustrações, aquelas amigas, que nem são tão amigas assim, mas não ficam tanto tempo debatendo literalmente o sexo dos anjos, acham sabe lá os deuses como (deve existir um radar ou coisa parecida) a única bala comível do pacote, enquanto o resto das mortais fica aqui reclamando da vida e chupando o dedo.

Por isso eu clamo: Mulheres-que-pensam-demais, uni-vos, demos um basta a esta palhaçada toda, uns bons shots de tequila e hemos de encontrar ao menos um passatempo que preste nesse mundo!

1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Quem diria; eu sozinha, sabado a noite, vagando na net e chegando aqui... anjos entram na nossa vida sem dar sinal. Acho que o lance é, escolher o menos pior, e seguir a vida, porque na verdade o melhor ainda esta pra ser inventado... assim como nos tbm, algumas sao toltalmente inofencivas, e outras; pensam demais...

12 julho, 2008 18:11  

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