Chá ou Café?

Chá. Chá preto, chá verde, chá mate, chá de lírio, chá de cogumelo.... para reunir os amigos, para conversar, para viajar... Histórias mais filosóficas, mais sensoriais, mais espirituais, mais... ........................................... Café. Café curto, café longo, café com um pouquinho de leite. Pra acordar, pra deixar ligado, pra tomar rapidinho no balcão. Histórias do dia a dia, teorias de 2 segundos, pirações mais terrenas...

terça-feira, janeiro 09, 2007

Como nascem os cafajestes – uma história de chá, de coração partido

No início, tudo era luz. Depois de um tempo, surgiram os rios, os lagos, os mares, as montanhas, os campos, as falésias. Então, vieram os animais na água, no céu, na terra e por fim, o homem.

No delicado esquema da sobrevivência, os animais, entre caçar e se defender, também tinham que se preocupar com a manutenção da espécie e, para isso, se reproduzir. Assim, com o passar dos dias, desenvolveram técnicas apuradas de conquista e jogos espirituosos de sedução.

Assim sendo, esse negócio do macho sair a caça da fêmea disputando-a com seus semelhantes não é novidade, vem dos primórdios de nossa existência. E o potente reprodutor, além de ter que conquistar a desprevenida fêmea, ainda tinha que provar para todos os outros machos que era o melhor. Como se pode ver, uma artimanha cruel e insensível da natureza.

Na hora de escolher uma presa, o macho se decidia por aquela que causasse maior frisson dentre aqueles de seu bando, pois o troféu do prêmio seria maior. Por outro lado, a pretendida não poderia ser fácil, afinal, o macho deveria fazer valer o esforço de seu objetivo, valorizando o jogo da conquista.

No princípio, a fêmea se fazia de difícil. O macho vinha daqui, elogiava dali, trazia presentes e tentava se encostar. Firme, a donzela resistia o quanto podia, até que, frente a tamanha demonstração de afeto, ficava caidinha e se decidia, por fim, ceder aos encantos do Don Juan. Furiosos e com muita dor de cotovelo, os demais machos do bando não podiam fazer nada além de lamentar, afinal, aquela havia sido a decisão da fêmea e, ciente dessa posição, o macho vitorioso desfilava todo garboso acompanhado de sua tão estimada noiva.

Selado o acordo de amor, o macho cortejava a bela até que, finalmente, pudesse traçá-la e enfim exercer sua função de reprodutor. Tendo o coito sido concretizado e a superioridade do macho ativo perante seus iguais consolidada, ele simplesmente abandonava a fêmea, desamparada e perdidamente apaixonada por ele, indo em busca de outra vítima. Enquanto isso, a pobre moça, emprenhada e sofrendo de amor, deveria seguir em frente e encarar seu futuro de mãe solteira a espera de um novo amante.

Enquanto isso, a futura vítima do mesmo macho doravante apenas cafajeste, mesmo sabendo das características cafas de seu caçador, iria acolhê-lo de braços abertos, afinal quem não quer o macho de maior destaque e prestígio do grupo? Ele já tinha provado que era um bom reprodutor (dava no coro com primazia) e ainda impressionava os outros machos, não havia porque recusar. Sem contar que toda fêmea pode até negar, mas no fundo, adora ser exibida como troféu, além de obter a aprovação e inveja dos demais

Deste modo, guardadas as devidas proporções, este é o comportamento típico do cafajeste moderno. Não que ele realmente faça isso por mal, mas como pudemos constatar, é tudo uma questão de instinto. Afinal, depois de milhões e milhões de anos de evolução, como é que você muda um comportamento desses? Lembre-se nós estamos falando dos HOMENS, você um dia acreditou que eles pudessem mudar?

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial