Porque as mulheres gritam – uma história de chá, de romã
Às vezes eu me pergunto, por que as mulheres gritam tanto? Não querendo me colocar fora dessa, mas tem vezes que até eu mesma fico chocada, observando de longe meio sem reação, pensando se eu faço a mesma coisa. São gritinhos agudos de (falsa) felicidade, gritos longos de (falsa) surpresa, gritos estridentes, curtos, urros. Todos eles. Os homens não gritam tanto assim. Eu acho. Ou se gritam, pelo menos não atingem os mesmos decibéis, machucando os ouvidos.
Pode reparar, uma das grandes características de homossexuais ou transexuais mais afetados é gritar a toda hora e por qualquer coisa. Isso porque rola um exagero de suas características femininas. E tem coisa mais de mulherzinha do que sair por aí gritando a torto e a direito?
Situação típica. Uma grupo de amigas, (não precisam ser muitas, umas quatro já dão um bom exemplo), que não se vêem há muito tempo se encontram. É um berreiro. Quem tá dentro pode até não reparar, mas de fora é realmente a mesma coisa que jogar milho no galinheiro. É possível, até, ver as penas voando.
Que as mulheres gritam para tudo, a toda hora e nos mais diferentes volumes e freqüências todo mundo sabe. Agora o que eu queria saber é porque isso acontece. O que faz com que o ser humano do sexo feminino, em determinadas situações, se esgoele para mostrar sua: a. feminilidade; b. fragilidade; c. felicidade; d. todas as anteriores; e. nenhuma delas. Que parte do cérebro comanda essa bizarra reação, ou seria apenas um comportamento social? Você cresce vendo todas as outras gritarem, logo, você deve gritar também para fazer parte do grupo, do gênero. Isso explica porque as adolescentes gritam tão exageradamente mais, afinal, essa é uma época difícil, é importante afirmamos quem somos e sentirmos inseridas no grupo.
De qualquer forma, acho que isso nunca vai mudar mesmo. Já é uma tradição. O engraçado é que, dependendo da cultura, elas podem gritar muito ou pouco, alto ou baixo. As japonesas dão gritinhos abafados, as muçulmanas fazem aquele barulho estranho com a língua. Será que na Antiguidade as mulheres já gritavam assim? Será que Cleópatra e suas amiguinhas já tinham essa mania? Maria Antonieta e as damas de companhia?
Provavelmente, nenhuma explicação vai ser boa o suficiente para me convencer, ou precisa o suficiente para me fazer entender. O máximo que pode acontecer é que, diante de tamanha revelação, eu solte um grito num tom nunca antes ouvido e coloque toda a teoria abaixo.